Em performance solo, fundador do Porta dos Fundos sobe aos palcos com a peça “Peçanha - Protocolo de Segurança”, misturando humor e crítica social.

Em performance solo, fundador do Porta dos Fundos sobe aos palcos com a peça “Peçanha – Protocolo de Segurança”, misturando humor e crítica social.

O ator Antonio Tabet, uma das figuras mais influentes da internet brasileira e cofundador do Porta dos Fundos, estreia nos palcos com a peça Peçanha – Protocolo de Segurança, no Teatro Gazeta (São Paulo). Com direção de Daniel Nascimento e dramaturgia assinada por Antonio Tabet, Gabriel Esteves e Matheus MAD, a peça promete levar aos teatros um humor crítico, característico do personagem Peçanha, o sargento-tenente-major mais amado do país. “A sensação é de entusiasmo e, claro, muita expectativa. Apesar de nunca ter interpretado o Peçanha no teatro, encarar grandes públicos não é exatamente uma novidade. Mas, como diria outro famoso policial, o desafio agora é outro”, declara Tabet. O enredo da peça gira em torno das instruções de segurança antes do espetáculo, muito comum antes da sessão de cinema. Percebendo que, no teatro, esta determinação muitas vezes não é cumprida, o “Sargento-Tenente-Major” Peçanha – um dos personagens mais populares do coletivo Porta dos Fundos – , resolveu inovar e oferecer os serviços de quem tem “mais de vinte anos de corporação nas costas”.

Do alto do palco, orienta a plateia quanto às normas para que todos aproveitem o espetáculo Hamlet, uma fictícia peça Hamlet, que será apresentada para o público. No entanto, Peçanha não esperava que o ator protagonista se atrasaria, obrigando o policial a enrolar a plateia, falando do dia-a-dia do trabalho, e a realidade de um oficial de “40 e tantos anos” que tenta se adequar ao mundo de 2024.

Tentando se desconstruir, Peçanha faz do humor uma ferramenta poderosa para discutir questões importantes, como machismo, homofobia, e auto-ajuda. “A ideia surgiu graças à ótima receptividade que a personagem teve e segue tendo desde que surgiu. O Brasil vive uma era de polarização aguda e, aparentemente, o Peçanha é a unanimidade: aceito, querido e consumido pela esquerda e pela direita. Isso o deixou ainda mais popular e nada melhor que consagrar este feito ao vivo e nos teatros,” explica Tabet. O público pode esperar uma noite repleta de risos e reflexões, com Peçanha interagindo diretamente com a plateia e passeando por temas polêmicos e contemporâneos.